Eu não gosto de apaziguadores.
Na verdade, eu não gosto de apaziguadores em determinados momentos da vida, em que é preciso mostrar de que lado tu estás.
Uma pessoa me disse há pouco que sou importante para ela por que sou transparente, sincero. Eu sempre escolho um lado. Nunca fico em cima do muro. Não gosto de muros.
Me criei em casa de madeira, com cerca de sarrafos. A cerca, mesmo limitando um espaço, nunca esconde o que tem do outro lado. Porque nunca se pode perder a dimensão do que há do outro lado. Não adianta fazer de conta: o inimigo não dorme. Se tu dormires, não acordas. Ou acordas no cabresto.
Inimigo? Sim. Ou tu acreditas que o mundo – nosso país inclusive – chegou à merda em que chegou por nada? Se tu não pensas em política, não fazes falta, os filhos da puta pensam-na por ti. Tu não discutes política? Boa! É isso que eles querem.
Quem não discute política, faz o quê? Assiste ao faustão, passa horas discutindo novelas? Ótimo! Tu és o pato, o perfeito otário, pronto para ser envolvido nas mentiras, nas artimanhas. Sejas complacente, é um direito teu. Um direito que eu respeito, mesmo indignado.
Agora, vou te pedir uma coisa: quando me vires brigando, se não vens para me ajudar, já que sabes pelo que estou lutando, então que não venhas apartar!
Porque, podes crer, vai sobrar para ti também.
sábado, 3 de setembro de 2011
Abaixo os muros!
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Essa postagem é bem a tua cara... acho que a questão toda é a velocidade em se definir, em avaliar as conseqüências das nossas decisões. O muro é o conforto, a escolha é o confronto.
Sabe aquela história: muito ajuda quem não atrapalha.
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