quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vivo - Mais ou Menos - Vivo

Ontem assisti a um filme de terror. Mas eu nem sabia que era de terror, antes de assisti-lo. E fiquei, depois do filme, como há muito tempo eu não ficava: em choque.

O filme é A Estrada e o tema é puro terror psicológico. O menino que interpreta o filho é genial e Viggo Mortensen, o pai, finalmente mostrou que sabe interpretar, depois de suas caras inexpressivas em Senhor dos Anéis e Mar de Fogo. E a história deu medo, incomodou, me fez ficar remexendo no sofá, pensando, que droga, alguém tire esse garoto dessa situação, alguém ajude esse pai, e pior, o que eu faria no lugar deles...

Pensar que aquilo realmente pode acontecer um dia foi terrível. E o final, em que o texto dos personagens diz uma coisa, mas suas expressões faciais dizem outra, é de pensar seriamente no que diz o personagem de Robert Duvall, lá pelo meio do filme: "num mundo como esse, morrer seria um luxo".

Como no filme, como todos os personagens, eu estou mais ou menos vivo. Levei mais de um ano para me recuperar de uma depressão, doença que eu considerava pura frescura, coisa de viadinho mesmo. Tive que engolir minhas próprias palavras. Todas as dores, todos os desânimos, todos os cansaços, com exceção da dor de coluna, velha conhecida, enfim, era tudo emocional. Todos os meus órgãos estavam funcionando bem. O problema era de cabeça mesmo.

Mesmo tendo passado o pior da depressão, ainda não me sinto inteiro, pois há quase um ano estou trabalhando em algo que não quero, mas preciso.

Bem, cá estou eu novamente. Dia 1º de janeiro o blog fez 7 anos. Ainda me pergunto por que faço isso. Por que, volta e meia, volto a escrever.

Deve ser um jeito de ficar um pouco mais vivo do que morto. Então, eu olho no espelho e pergunto, como faria o menino se me encontrasse naquela estrada perdida daquele fim de mundo: "você tem a chama?"..........................................

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Anônimo disse...

Bom saber de ti.
Cris.