sábado, 19 de fevereiro de 2011

Noite de lua cheia

Esta é a lua vista da minha sacada. Fiz as duas fotos há poucas horas atrás. Esta sacada, aliás, me mantém firme nesse apartamento da zona norte da cidade. Agora mesmo enquanto escrevo, a pequena floresta que nela cultivo está toda iluminada pelo luar e dali corre uma brisa que é quase uma massagem.

Uma foto assim eu chamo de poesia visual. Uma pequena homenagem aos meus amigos virtuais. Se alguém quiser copiar as fotos, sinta-se à vontade. Citando o autor, of course.

Editado, a partir do comentário do Álvaro:
A primeira foto não tem efeito nenhum aplicado. O "defeito especial" é da própria câmera, uma FS200, que não trabalha muito bem o foco em fontes de luz. Ela intensifica a luminosidade do objeto e tira a percepção dos detalhes.
A segunda foto é um zoom no máximo, 41x e, se não me engano, acrescido de zoom digital. Dá um efeito de cor interessante ao usar todo o zoom, pois é como se mudasse a luz que incide sobre a lua. Eu não entendo nada de fotografia, apenas gosto. Eventualmente, dou sorte em alguns cliques.

Adicionei as fotos de Vênus na madrugada e do sol pela manhã.





Por incrível que possa parecer as fotos a seguir são de Vênus. Como assim?! Pois é. Sabe a tal estrela d'alva? Não é uma estrela: é Vênus. É "fácil" distinguir. Estrelas são bolas incandescentes e que geram sua própria luz. Estrelas "piscam" em função da enorme distância a que se encontram da Terra (efeito de refração) e do movimento das "chamas", alimentadas pelo gás Hidrogênio que se converte em gás Hélio por fusão nuclear. Exatamente o que chamamos de Sol. Nosso Sol é uma estrela de porte médio e de média temperatura, a temperatura perfeita (aliada à uma distância segura da Terra) para suportar o que conhecemos por vida. Se fosse mais branco ou estivesse mais próximo, seria quente demais. Se fosse mais vermelho ou estivesse mais distante, seria frio demais. Já os planetas e os satélites, como a Lua, não têm luz própria, apenas refletem a luz do sol e estão muito mais próximos de nós do que qualquer estrela, com exceção do Sol, é claro. Por isso a luz deles não oscila, não "pisca". Como no caso de Vênus, que exibe uma luminosidade constante. A primeira imagem fiz com o zoom todo aberto. Mostra a cidade ao fundo e a "estrela" muito grande e brilhante no céu. A primeira vez em que observei Vênus da sacada, achei que estivesse vendo um OVNI tamanha a diferença de tamanho em relação às estrelas dentro do campo de visão. A segunda foi feita com o zoom todo fechado. Essa precisei editar no PhotoPaint. Aumentei o brilho, o contraste e a intensidade, pois era uma imagem bem ruim, apenas uma mancha parda num fundo escuro. Fiz as fotos por volta das 4 da madrugada. E por que a foto da Lua ficou tão boa e a de Vênus tão ruim? Simples: a Lua está logo ali, muito mais próxima da Terra que Vênus. Eu precisaria de um zoom de 80 a 100 x para fazer uma foto razoável de Vênus.





Para terminar o post astronômico, na manhã seguinte, por volta de sete e meia, o sol ainda brigando com as nuvens, nesse dia parcialmente nublado.


3 Deixe seu comentário::

Álvaro Diogo disse...

Jura que a primeira foto é a lua sem efeito nenhum?

Tá parecendo mais o "sol da meia-noite"... Bela fotos!

tarciso disse...

Wladi. Ser polivalente dá nisso... fotos capturadas de um ponto privilegiado por um olhar curioso e criativo - o mesmo que se envolve em uma sucessão de obras conceitualmente distintas.

Linda Lacerda disse...

Lindas fotos...A primeira me remete a um tempo em que eu quis ser feliz e não me deixaram...A lua da sacada...Eu olhava por sobre a cidade calma,adormecida,nas madrugadas frias de Brasília...Hoje,tanto tempo depois,estou aqui da sacada do meu apartamento vendo um cenário parecido...infelizmente,não há lua,mas dá pra cantarolar "Cruzando raios" de orlando Moraes!Parabéns pela sua sensibilidade!