terça-feira, 26 de junho de 2012

Combatendo a dor de cabeça sem medicamento


Conversando pelo facebook com uma nova amiga, a Verinha Motta, ela me relatou dores de cabeça constantes.

Baseado em minha experiência de 12 anos como massoterapeuta, cheguei a conclusão de que a maior parte das dores de cabeça ou são de origem digestiva ou por excesso de tensão na região cervical, essa área que chamamos de pescoço.

Já ensinei a algumas poucas pessoas uma técnica simples para trazer alívio quase imediato para essas dores, sem ter de recorrer a medicamentos e acabei de ensiná-la, horas atrás, para a Verinha. Repito o que disse à minha nova amiga: medicamento é um nome bonito para droga. Foi a conversa com ela que me inspirou a escrever este post para divulgar essa técnica simples de forma mais ampla.

Algumas pessoas já sabem da existência dos rolinhos para serem usados nas curvaturas naturais da coluna. Podem ser permanentes, feitos com espuma ou fibras e recobertos de material vinílico ou podem ser temporários, simplesmente enrolando uma toalha de rosto ou de banho, dependendo do objetivo e do tamanho da pessoa que vai usar o rolinho.

Como eu mesmo tenho problemas de coluna desde os 13 anos de idade, me faço de cobaia para testar novas ideias. Foi numa dessas que me deu um estalo. O rolinho sob a cervical tem duas funções básicas: alongar os músculos e forçar as vértebras a assumirem a sua curvatura natural, a qual chamamos de lordose cervical. Não confunda com hiperlordose. Essa trata-se de um problema causado pelo exagero da curvatura natural.

O estalo que me deu foi que é muito mais fácil alongar um músculo aquecido. Pensando nisso, substituí o rolinho de toalha por uma garrafa pet de 1,5 l cheia de água quente. Se for uma criança ou uma pessoa muito pequena, pode-se usar uma garrafa pet de 500 ml.

A temperatura da água deve ser o máximo suportado pela pessoa que vai usar o rolinho. O tempo mínimo de aplicação é de 15 minutos. Se suportar ficar mais, não vai causar prejuízo. A pessoa deve ficar deitada de barriga para cima, sobre superfície minimamente rígida, sem travesseiros, apenas com o rolinho de pet sob o pescoço. Se o colchão não é do tipo que afunda, a cama é o lugar ideal. Se pegar no sono nessa posição, não há motivo para preocupação. No máximo, ficará com dor de ácido láctico no pescoço ao acordar. Caso sinta desconforto na lombar, coloque travesseiros, almofadas ou uma coberta dobrada sob os joelhos. Pode-se fazer movimentos laterais com o pescoço, mas também pode-se ficar em repouso absoluto. Eu gosto de movimentar, mas isso não é fundamental na solução do problema.

Aquecidos pelo calor da água, os músculos da cervical cedem mais facilmente à pressão causada pela curva da garrafa e puxam as vértebras de volta à sua posição original. Quanto maior a tensão da musculatura maior pode ser o incômodo ou até mesmo a dor durante as primeiras aplicações. Mas, justamente a dor é o melhor motivo para insistir na aplicação. Se estivesse tudo bem, não estaria doendo, simples.

Pode-se aplicar mais de uma vez ao dia, em qualquer local em que seja possível deitar-se por 15 minutos. Lembre-se de encher bem a garrafa e de fechá-la bem para evitar um incidente desagradável.

Em geral, a dor desaparece antes de completar 10 minutos sem que a pessoa perceba.

Lembre-se: é possível livrar-se da dor sem viver drogado. Pense nisso.

2 Deixe seu comentário::

tarciso disse...

Wladi. Anotado no meu rol de remédio não alopáticos. As melhores e mais eficientes soluções costumam ser as mais acessíveis. Mas muitas vezes preferimos complicar ao invés de simplificar.

Fran Carneiro disse...

Esse teu post veio bem a calhar, meu pai e eu sentimos muitíssimas dores de cabeça e, às vezes, não há remédio que cure.

No mais, vim agradecer pela visita no meu blog! Fico feliz que tenha gostado!