quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tocando a vida, ladeira acima


Guilherme perguntou: tu não tem limite?

Sem pensar, respondi que não. Mentira. Todos temos. A verdadeira pergunta é:

Qual é o limite de cada um?

Sábado, pedalei 31,2 km. Domingo, descansei. Segunda, pedalei 34,48 km.

Terça, no final da tarde, abri o Google Earth. Aumentei o zoom até ver meu prédio e comecei a marcar o trajeto.

Cairú, Voluntários, Rodoviária, Mauá, Gasômetro, Edvaldo Pereira, antes do museu, retorno pela Padre Cacique, Praia de Belas, Ipiranga (inteira), Antonio de Carvalho (3 ladeiras), Protásio (1 ladeira infernal), Ary Tarragô (3 ladeiras), Baltazar, Sertório, Dona Margarida, Farrapos e Casa.

Pelo Earth, seriam 39,5 km. Na prática, foram 41,14 km de pedalada com 7 ladeiras. Foi o primeiro trajeto planejado antes da saída. A única mudança, é que segui o conselho do Guilherme, e saí direto pela Farrapos, ao invés de pegar a Voluntários até o centro da cidade.

Numa das ladeiras, a velocidade caiu para 8 km/h, pouco mais que uma pessoa caminhando rápido. Mas, em nenhuma delas, por maior que fosse o esforço, desci da bike. Afinal o desafio era fazer 40 km pedalando e não empurrando a bike lomba acima.

Mesmo assim, consegui manter a média de 20 km/h. No trecho final da Sertório, mesmo depois de todo o esforço, consegui imprimir, na reta, de 30 a 32 km/h. Foram 2 horas, 1 minuto e 47 segundos de pedal. As paradas para tomar água e relaxar a musculatura por uns minutos, não entram nessa conta. No total, fiquei 2 horas e 40 minutos na rua.

O mais curioso de tudo isso é que eu sou um baita preguiçoso. Mas, ultimamente, passar o dia, a noite e a madrugada  em frente a micros, meu ou de clientes, estava me fazendo mal.

Parece que, finalmente, encontrei um jeito melhor de tocar a vida. Pedalando.

Só falta descobrir qual é o meu limite.

A faixa clara que atravessa a imagem, de cima a baixo, é a 3ª Perimetral.

2 Deixe seu comentário::

Carole Kümmecke disse...

Olha, eu quero ser uma preguiçosa dessas aí quando eu 'crescer'! ;)

Alguns dizem que na verdade não temos limites, mas nos 'desensinam'. Repetem tanto que é tudo difícil que acostumamos com a ideia e deixamos para lá a vontade de extravasar as nossas muralhas (mentais).
Eu prefiro acreditar nisso - que a gente que se coloca limites, mas que se estamos determinados a achá-lo (concretamente) e vamos testando - não encontramos.

Wladimir Evangelista disse...

Carol, imagino que a primeira frase foi um elogio. Valeu. Mas, tu já ouviste falar sobre a estranha força que acomete os desesperados? Eu costumo dizer aos meus clientes de info: quando o micro der tilt, a primeira coisa a fazer é entrar em pânico. Depois, me liga.

Bom, eu já entrei em pânico, agora, me liguei. Com o perdão do trocadilho. Hehehehehe. Quando quiser começar a pedalar, manda email.